terça-feira, 7 de novembro de 2017

Mãe de estudante morta em Goiás cara a cara com acusado de matar menina

Presos em flagrante pelo brutal assassinato de Raphaela Noviski, 16 anos, Misael Pereira, 19, e Davi José de Souza, 49, ficarão presos preventivamente. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (7/11), durante audiência de custódia no Fórum da Comarca de Alexânia (GO).

A mãe de Raphaella, Rosângela Cristina Afonso Silva, acompanhou a audiência. Durante 32 minutos, ficou frente a frente com o assassino da filha. Ela deu uma breve declaração para a imprensa, antes de Misael ser ouvido. “Ele premeditou. Passou um ano planejando (a morte de Raphaella). Se a lei e a Justiça não existem nesse país, eu não sei o que fazer”, disse.

A mãe de Raphaella, Rosângela Cristina Afonso Silva, acompanhou a audiência. Durante 32 minutos, ficou frente a frente com o assassino da filha. Ela deu uma breve declaração para a imprensa, antes de Misael ser ouvido. “Ele premeditou. Passou um ano planejando (a morte de Raphaella). Se a lei e a Justiça não existem nesse país, eu não sei o que fazer”, disse.

Ela justificou sua ida à audiência. “Quero olhar para ele. Ver o que tem para me dizer. Ele não pode sair. Se sair, vai fazer com outras o que fez com minha filha”, ressaltou. Raphaella foi assassinada com 11 tiros no começo da manhã desta segunda-feira (6), enquanto assistia à primeira aula no Colégio Estadual 13 de Maio, em Alexânia, cidade goiana a quase 90km de Brasília.

Na saída do fórum, disse que não perdoa o assassino de sua filha. “Ele destruiu a mim e a minha família. Merece prisão perpétua, se possível”, disse Rosângela. Ela disse ainda que sentiu muito ódio do rapaz, quando ele entrou para a audiência.

Os tiros que mataram a adolescente foram disparados por Misael, que não se conformava com o fato de Raphaella não corresponder ao seu assédio. Davi deu cobertura ao assassino confesso da menina considerada meiga e estudiosa.

Advogado dos acusados, Joel Pires avaliou a decisão do juiz como “correta”, considerando a segurança dos acusados. Mas ele discordou da prisão preventiva de Davi. “Ele não sabia que o Misael cometeria o crime”, disse.

Crueldade

Dos 11 tiros disparados contra a estudante Raphaella Noviski, 16 anos, sete atingiram o rosto da jovem. A informação foi dada pelo pai da garota, o agente penitenciário Leandro Romano. Acostumado a lidar com a frieza de criminosos, o homem não escondeu a revolta e a indignação com o assassino da filha: “Ele destruiu o rosto dela. Foi cruel. Todo tipo de sofrimento para ele é pouco”, desabafou, logo após o enterro da adolescente, nesta terça-feira (7/11), em Alexânia (GO).

A despedida de Raphaella parou a cidade, que fica a 88 quilômetros do DF. Mais de duas mil pessoas estiveram presentes ao enterro. Além de familiares, estudantes e professores do Colégio Estadual 13 de Maio, onde a menina foi assassinada por Misael Pereira, 19 anos, compareceram em peso.

Segundo Romano, os outros disparos atingiram principalmente os braços da filha, que tentou se defender do seu algoz. Misael, em depoimento, disse que queria ter certeza de que ela morreria sem dor e rápido. Ele levava, além do revólver calibre .32, punhal, máscara branca e veneno de rato misturado a paracetamol, que supostamente seria usado para tirar a própria vida. Misael afirmou à polícia que não se mataria com a arma por medo de ficar tetraplégico.

Com informações do Portal Metrópoles (DF)