segunda-feira, 16 de outubro de 2017

HMA retoma discussão sobre fratura de fêmur em idosos

No mês dedicado aos idosos, o Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, referência em traumatologia e ortopedia em Pernambuco, volta sua atenção ao atendimento de idosos acometidos por fratura de fêmur. A fratura tem um grande impacto sobre a funcionalidade dos ossos, e pode estar associada à fragilidade ou outras patologias relacionadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, o número de pessoas com 60 anos ou mais chegará a dois bilhões, representando um quinto da população do planeta. No Brasil, estima-se que o número de fraturas de quadril nos idosos, por exemplo, irá aumentar em cerca de 32% até lá, sendo a queda o tipo de trauma mais incidente, responsável por quase um terço das internações.

O Hospital Miguel Arraes realiza uma média de 360 cirurgias na área de ortopedia por mês, e 20% correspondem à fratura de fêmur em idosos. Segundo o chefe de Ortopedia do HMA, Sormane Britto, as principais vítimas são mulheres acima dos 65 anos no pós-menopausa, acometidas de osteoporose (fragilidade dos ossos), e idosos que caem da própria altura (queda acidental). “A média de permanência hospitalar nesses casos é inferior a 7 dias, mas pode chegar a 3 semanas quando surge a chamada Doença da Fratura, que se caracteriza pelo aparecimento de infecções dos tratos respiratório e urinário, escaras de decúbito e tromboembolismo oriundos do tempo de permanência no leito”, explica o especialista. “Quando essas comorbidades se estabelecem podem levar o paciente à morte”. Estudo divulgado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, São Paulo, há 3 anos, constatou que de 15% a 50% dos idosos hospitalizados com fratura de fêmur morrem um ano depois por conta dessas complicações.

O tratamento do idoso vítima da fratura de fêmur visa retirá-lo da cama o mais rápido possível, recuperando sua capacidade prévia de andar. Nesse sentido, o HMA dispõe de uma equipe multidisciplinar especializada em traumas, formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas. Sormane Britto destaca o acompanhamento fisioterapêutico e geriátrico durante todo o pós-operatório: “é necessário que o idoso adote uma alimentação saudável, rica em cálcio e vitamina D, e seja orientado na prevenção de doenças comuns na terceira idade. É recomendada, também, a prática do exercício físico orientado por fisioterapeuta ou um educador físico para reforço da musculatura”. 


Com informações da jornalista Iana Gouveia